Escola e Família
Espera-se
muito do professor. Ate onde vai nossa responsabilidade e começa a dos pais?
Muitas vezes, por não ter clara essa
divisão, a escola terceiriza problemas aos pais, e vice-versa, o que era
sentimentos de impotência e sobrecarga em ambos os lados. Os papéis dos
educadores e da família são complementares, porém distintos. Em casa, há uma
relação de autoridade entre pais e filhos. A criança possui também uma posição
privilegiada e, por mais que se comportem mal, os relacionamentos se mantêm. Na
escola, o cenário muda. O aluno se torna mais um integrante do grupo, aprende a
lidar com novas regras, experimenta conflitos e percebe que as relações dependem
de suas ações. Além do conhecimento, a criança deve adquirir na escola competência
indispensável para o convívio em sociedade – dificilmente obtidas em família.
Cabe a nós, educadores, contribuir
para esse aprendizado e buscar maneiras de lidar com os conflitos inerentes ao
processo. Isso requer boa formação, estudo coletivo, envolvimento da equipe,
reflexão, avaliação e aperfeiçoamento. Só assim nos sentiremos amparados e
seguros para atuar no dia a dia. O fracasso da Educação familiar não pode
significar também o insucesso da escola.
Não podemos depender do bom
desempenho dos pais para educar nossos alunos para a vida em uma sociedade democrática,
mais equilibrada e justa e nem esperar estudantes ideais como um pré-requisito
para obter êxito.
“A família educa para a vida privada
e a escola prepara para a coletiva”. São espaços educativos distintos.”
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